Apesar da curta história de eleições diretas no Brasil, o marketing político e eleitoral no Brasil se tornaram referência mundial. As campanhas eleitorais brasileiras e as estratégias dos profissionais de comunicação política do Brasil passaram a ser copiadas e até exportadas para outros países, superando figuras de renome internacional, como James Carville, famoso marqueteiro político dos Partido Democrata (EUA).
A partir do fim da década de 1990, marqueteiros políticos brasileiros passaram a atuar em campanhas em países como Argentina, Venezuela, Angola, Portugal e até mesmo, nos Estados Unidos.
O sucesso do marketing político brasileiro fora do Brasil é o mesmo da publicidade comercial tupiniquim que também é copiada mundo afora.
As estratégias de marketing político da campanha de Jair Bolsonaro na campanha de 2018 já são vistas como cases e modelos de comunicação que deverão ser adotadas em eleições de outros países, em especial, na América Latina.
Mas quais são os principais marqueteiros políticos do Brasil?
João Santana
Jornalista de formação, ganhador até de Prêmio Esso por uma reportagem investigativa em 1992, João Santana deu seu pontapé no marketing político como sócio de Duda Mendonça.
Participou ao lado do sócio da primeira campanha do ex-presidente Lula, em 2002, e após o Mensalão, liderou a comunicação da reeleição de Lula e as duas vitórias de Dilma Rousseff.
Antes de ser preso e ter seu nome ligado a operação Lava-Jato, ainda participou de campanhas vitoriosas de Maurício Funes (El Salvador, 2009), Danilo Medina (República Dominicana, 2012), José Eduardo Santos (Angola, 2012) e Hugo Chávez e Nicolás Maduro (Venezuela, 2012 e 2013).
Duda Mendonça
Com grande sucesso na publicidade comercial, o também baiano Duda Mendonça mudou o patamar de sua carreira ao transformar Paulo Maluf em uma figura carismática, com corações e amor, na campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, em 1992.
Em 2002, com peças como das mulheres grávidas, humanizou Lula e ajudou a criar a imagem de “Lulinha Paz e Amor”, que daria a vitória ao ex-presidente.
Após ter seu nome envolvido no Mensalão, mas ser inocentado, participou de diversas outras campanhas fazendo o marketing de político como Paulo Skaf e Marta Suplicy.
Em 2013, coordenou a campanha de Marco Enríquez-Ominami, candidato à Presidência do Chile.
Renato Pereira
Publicitário de formação, Renato Pereira virou dono do marketing político no Rio de Janeiro, ao chefiar as campanhas eleitorais vitoriosas de Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Pezão.
Também se destacou no mercado após chefiar a comunicação da candidatura de Aécio Neves a presidente, em 2014, que chegou próximo de vencer Dilma Rousseff.
Antes de ter seu nome ligado a escândalos de corrupção, atuou ainda na campanha de Henrique Capriles, na Venezuela.
Lula Guimarães
Com os escândalos envolvendo os colegas de profissão, Lula Guimarães se tornou um dos expoentes da nova geração do marketing político brasileiro.
Seu início de destaque foi na campanha eleitoral de Marina Silva, em 2014, quando a candidato assumiu o lugar de Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo, e teve grande crescimento nas pesquisas eleitorais em intenções de votos, mas derretendo por conta do pouco tempo de TV.
Em 2016, Lula foi o responsável pelo marketing da campanha de João Doria a Prefeitura de São Paulo, saindo de 3% nas primeiras pesquisas para uma vitória massacrante logo no primeiro turno.
Em 2018, coordenou a fracassada campanha de Geraldo Alckmin para presidente.
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