Como fazer marketing político nas redes sociais é uma pergunta que parece simples, mas que tem afundado muita campanha boa. E por quê? Porque político demais quer parecer publicitário. E publicitário demais acha que rede social é outdoor animado. Os dois erram. Enquanto isso, quem acerta? Quem entende que a guerra é por atenção — e que o voto é a consequência dela.
Neste artigo, vamos te mostrar, passo a passo, como fazer marketing político nas redes sociais com inteligência, técnica e foco em voto. Nada de fórmula mágica, nem template genérico. Vamos falar do que funciona: estratégia, roteiro, repetição, posicionamento, dor, emoção e impulsionamento. E vamos mostrar como políticos reais — com ou sem mandato — estão usando o celular como trincheira de campanha.
O que todo político precisa saber antes de abrir o Instagram
Antes de falar em feed, stories e impulsionamento, o político precisa entender que rede social não é palanque digital. Não é lugar para só mostrar obra, sorrir em evento ou repetir o mesmo jargão velho. As redes são espaços de atenção, disputa e algoritmo. Se você não entende isso, você está queimando verba e sumindo do radar do eleitor.
1. A lógica das plataformas é a lógica da retenção. O Instagram e o TikTok não querem mostrar o melhor conteúdo: querem mostrar o conteúdo que prende. Se você não retém, não entrega. Se não entrega, ninguém te vê. E se ninguém te vê, você não existe.
2. Conteúdo que parece campanha não funciona. Vídeo com locução de FM, arte com excesso de logos, texto com linguagem de edital — tudo isso o eleitor já pula. Ele quer espontaneidade, dor compartilhada, humor, confronto, emoção, utilidade. Político que fala como pessoa tem mais chance de ser ouvido do que aquele que fala como cartaz.
3. A estética é o que chama, o conteúdo é o que segura. O vídeo pode ser gravado no celular, desde que tenha luz, som limpo e comece com algo que chama atenção. E isso pode ser uma frase, um gesto, uma denúncia, uma dúvida ou um dado que choque. Os três primeiros segundos decidem o sucesso do conteúdo.
4. Atenção é rotina. Não adianta acertar um post por semana. Precisa postar todo dia. De preferência, três vezes ao dia. A recorrência gera familiaridade. E quem está na sua timeline hoje pode estar na urna amanhã.
5. Impulsionamento é obrigação. Sem mídia, não há visibilidade. Mas impulsionar sem segmentar é rasgar dinheiro. É preciso escolher geografia, idade, interesse e objetivo do anúncio. Campanha sem tráfego pago é campanha invisível.
Como fazer marketing político nas redes sociais com método e resultado
Chega de postar por postar. Aqui vai um passo a passo prático e aplicável para estruturar o seu marketing político nas redes sociais:
1. Escolha uma bandeira. Uma só. A que mais representa o que você defende. Saúde? Segurança? Educação? Mobilidade? Escolha e repita. Voto vem da clareza.
2. Monte um calendário de postagens. Misture formatos: vídeo curto, carrossel, bastidor, meme, opinião, denúncia, entrega. Replique o mesmo conteúdo com variações visuais e textuais. O eleitor não lembra do que viu uma vez.
3. Crie roteiros com base em ganchos. Vídeo precisa começar com impacto. Pergunta provocadora, denúncia quente, frase surpreendente. Use os primeiros segundos para fisgar. Depois contextualize. E termine com um chamado à ação (CTA).
4. Grave com o que tem. Celular, tripé, microfone de lapela barato. Luz natural. Nada de cenário falso. A autenticidade comunica mais que qualquer filtro. Use legendas sempre. E publique nos horários de maior audiência local.
5. Impulsione com estratégia. Comece com R$ 10 por dia. Escolha públicos segmentados. Analise os melhores conteúdos e aumente a verba no que funcionou. Teste criativos. Mensure alcance, visualização e engajamento.
6. Responda os comentários. A interação melhora o alcance. E humaniza. Não fuja da polêmica. Use a crítica como oportunidade de explicar melhor o seu posicionamento.
7. Transforme rede em voto. Leve os seguidores para a vida real: convide para reuniões, eventos, visitas. Use grupos de WhatsApp para nutrir a base. Peça cadastro com nome e bairro. Converta o engajamento em lista de apoiadores.
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