O que pode e o que não pode no marketing político é uma pergunta que aparece em 100% das campanhas. E, infelizmente, também é onde mais acontecem erros. Erros que custam caro: uma multa do TSE, um post removido, uma candidatura impugnada ou, pior, um escândalo viral que destrói reputações. Em tempos de redes sociais e vigilância em tempo real, conhecer os limites do jogo é uma obrigação.
O marketing político não é uma terra sem lei. Ele é regido por regras claras da legislação eleitoral e também por interpretações que mudam a cada ciclo, a depender das decisões dos tribunais e das tendências do momento. Em 2026, com o aumento da fiscalização digital, impulsionamentos rastreados e inteligência artificial na mira da Justiça Eleitoral, saber o que pode e o que não pode no marketing político virou questão de sobrevivência.
Vamos esclarecer os principais pontos.
Regras válidas o ano inteiro (e não só na campanha)
Você sabia que existem regras de marketing político válidas mesmo fora do período eleitoral? O pré-candidato, o político em mandato e até o influenciador político precisam estar atentos desde já. O uso de verba pública para promoção pessoal, por exemplo, é proibido o tempo todo. A autopromoção disfarçada em páginas oficiais também. E a regra é clara: tudo que tiver caráter eleitoral fora da época certa pode ser considerado campanha antecipada — e render penalidade pesada.
Mas atenção: mostrar trabalho não é crime. O que não pode é pedir voto, usar número de urna ou frases que configurem pedido explícito de apoio. A linha é tênue. E é aí que muita gente escorrega.
Quer um exemplo? Um vereador que publica um vídeo entregando obra e diz “estamos só começando, 2026 promete” pode ser interpretado como candidato antecipado. Agora, se ele disser “mais uma entrega feita, seguimos trabalhando”, está dentro da margem de segurança.
Por isso, é essencial dominar o que pode e o que não pode no marketing político o ano inteiro, e não só no período oficial da campanha.
Impulsionamento, IA e redes sociais: o que muda em 2026
O que assusta em 2026 é o avanço tecnológico. O uso de inteligência artificial para manipulação de imagem, voz e vídeo já está no radar da Justiça Eleitoral. Deepfakes, montagens enganosas e conteúdos criados por IA que simulem falas de adversários podem ser considerados fraude. Se comprovado o dolo, a consequência pode ser desde a remoção do conteúdo até a cassação da candidatura.
Impulsionamento também está na mira. Antes da campanha, só é permitido impulsionar conteúdos institucionais — nada de pedir voto. Durante a campanha, o impulsionamento deve ser identificado como tal, com CNPJ e CPF do responsável, e seguir o limite de gastos estabelecido.
Além disso, redes sociais não são territórios neutros. Se você usa um perfil pessoal com fins eleitorais, ele passa a ser fiscalizado como se fosse um canal oficial de campanha. Usou robô para inflar seguidor? Comprou engajamento? Está fora da lei. Tudo isso pesa na balança quando se analisa o que pode e o que não pode no marketing político.
Conclusão: saber as regras é mais poderoso do que parece
Marketing político não é só criatividade. É também estratégia dentro das regras. E conhecer o que pode e o que não pode no marketing político é o que separa o amador do profissional. É o que impede que você queime a largada, se enrosque na Justiça ou desperdice uma boa ideia por falta de embasamento.
Por isso, se você quer evitar erros e jogar o jogo com inteligência, invista em formação. Na Escola dos Políticos, você encontra cursos completos sobre direito eleitoral, impulsionamento, produção de conteúdo e como fazer sua campanha crescer sem ultrapassar a linha vermelha. Inclusive com mentorias e apoio de especialistas que já viveram dezenas de eleições.
Quer vencer em 2026? Então entenda as regras. Domine os limites. E transforme isso em vantagem competitiva.