O baixo volume de literatura séria sobre o tema da comunicação política, em especial, no Brasil, como livros e pesquisas acadêmicas, criou uma dificuldade enorme na definição dos termos. A maior dúvida para quem se interessa pelo assunto é qual e se realmente existe diferença entre marketing político e marketing eleitoral.
Conceitualmente, a diferença é clara. Marketing Político é o trabalho de estratégias de comunicação para construção de uma imagem política, de um detentor de mandato ou não – por mais que alguns discordem nessa parte.
Por conta disso, os trabalhos de médio e longo prazo, de construir uma figura pública, com ideias e princípios, que tenha sua imagem identificada com um público e assim, eles se comuniquem, trocando informações e gerando sinergia, é considerado marketing político.
Muitos profissionais acreditam que se essa figura pública não for uma pessoa com mandato eletivo, ou seja, um prefeito, vereador, deputado ou senador, ela não faz marketing político ao usar estratégias de comunicação com o público para construir e fortalecer sua imagem. Essa visão técnica parte de que, para construir e vender a imagem de uma trajetória política seria necessário estar inserido no cenário político.
Um erro, já que a construção de uma imagem política com ações de comunicação permanentes de longo prazo, como amplamente debatido em outros artigos, é necessária para todos aqueles que tenham algum tipo de pretensão política, não só os já eleitos e as últimas eleições mostraram que o mais correto é que esse trabalho seja feito antes do período eleitoral.
Por isso, o conceito de marketing político vai além da comunicação de um político com mandato ou cargo e tem relação mais correta com o planejamento de longo prazo e ações permanentes de comunicação para a construção de imagem e identificação com o público, com base em estratégias.
Mas e o Marketing Eleitoral?
Como o próprio nome já diz, o Marketing Eleitoral é composto de série de ações e estratégias de comunicação voltadas para conversão em votos, especialmente, no período de campanha eleitoral. Difícil de entender a diferença né?
Por isso é tão importante entender que, acima da conceituação e definições, marketing político e marketing eleitoral são idealmente complementares para que sejam eficientes e por isso, a separação conceitual dos termos é tão complicada.
É possível que um trabalho de construção de imagem política de uma pessoa em médio e longo prazo, o chamado marketing político, não se converta em votos em uma eleição.
Também é possível que sem um trabalho de construção de imagem permanente, somente com o boom de um bom investimento na época de eleição, pedindo votos diretamente, o chamado marketing eleitoral, resulte em sucesso nas urnas.
Mas os resultados das últimas eleições, até mesmo no Legislativo, mostraram que aqueles candidatos que desenvolveram um trabalho de médio e longo prazo de comunicação, em especial, por meio das redes, tiveram mais sucesso nas urnas. Os mais votados para os cargos de deputado estadual e federal nas eleições de 2018 se comunicaram com seu público antes do período eleitoral e foram construindo suas imagens por um tempo, antes de se lançarem para disputar um cargo eletivo.
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