Como fazer impulsionamentos na campanha eleitoral? Impulsionamento político nas redes é igual o de empresas? Pode fazer impulsionamento antes da campanha eleitoral, na pré-campanha? Tudo isso eu respondo neste artigo especial sobre anúncios políticos nas redes sociais.
Primeira coisa que você precisa saber é que sim, você pode fazer impulsionamentos políticos antes da campanha eleitoral, ou seja, na pré-campanha. É permitido pela Justiça Eleitoral, claro, seguindo as mesmas regras de não pedir votos ou se dizer candidato, afinal, você não é ainda.
Mas você pode impulsionar vídeos com suas opiniões políticas, reclamações do seu bairro, ações que realizou e etc. Mais que isso, políticos fazerem impulsionamentos antes da campanha é fundamental.
Afinal, a grande sacada dos impulsionamentos eleitorais não é alcançar o maior público e sim, o público certo e entregar para aquele público aquilo que o interessa, é relevante para ele e principalmente, vai convencê-lo a votar em você, mesmo sem pedir o voto.
E para que tenha essas informações, capte esses dados e saiba o que um público quer, não só de temas, mas formato, você pode impulsionar antes e “treinar” o Gerenciador de Anúncios. A partir da captação de dados dos eleitores e seus comportamentos, na campanha, criar públicos com base nisso e entregar para essas pessoas somente o que elas querem.
Se deixar para captar esses dados e comportamentos na campanha, não dará certo e com isso, você não só vai entregar conteúdos que as pessoas não querem consumir como irá gastar mais com impulsionamentos na campanha eleitoral.
Regras para impulsionamento na campanha eleitoral
Apesar de poder fazer impulsionamentos antes da campanha eleitoral, é preciso seguir regras e regras que não necessariamente são da Justiça Eleitoral, mas das plataformas.
Por exemplo, desde 2020, a Meta, dona do Facebook e Instagram exige que todos que farão anúncios políticos, eleitorais e sociais façam a autenticação de seus perfis, enviando documentos que provem que são pessoas reais.
Além disso, é preciso ter um rótulo de identificação financeira que mostre quem pagou pelo anúncio. Para criar esse rótulo é preciso ter site com domínio próprio do dono da página e e-mail desse domínio.
Na pré-campanha, use o rótulo Pago Por, com nome e CPF do político.
Na campanha eleitoral, é preciso seguir os mesmos passos, mas usar o rótulo Propaganda Eleitoral com a razão social e CNPJ da campanha. No Gerenciador, você precisa colocar em Configurações essas informações para que a nota fiscal seja emitida com razão social e CNPJ da campanha.
O ideal é fazer impulsionamentos na campanha eleitoral com pagamento por boleto. Não com cartão de crédito pessoal. Afinal, você terá que mostrar para a Justiça Eleitoral que o impulsionamento foi pago com dinheiro da conta bancária da campanha e prestar contas desses gastos.
Defina o público-alvo do impulsionamento na campanha eleitoral
Antes de fazer um impulsionamento, é preciso definir o público-alvo. Por exemplo, um post sobre creches interessa e é mais relevante para mães de criança de zero a três anos. Uma crítica ao aborto motiva e mobiliza mais pessoas conservadoras. Por aí vai.
É preciso saber o que quer falar para definir para quem vai entregar. É importante saber quem são as pessoas que se interessam pelas propostas do político ou candidato, e segmentar a publicidade de acordo com esses critérios. Se entregar tudo para todo mundo vai gastar muito e não vai motivar.
O Facebook permite, dentro do Gerenciador de Anúncios, que você defina automaticamente gênero, idade e localização das pessoas que quer alcançar. Mas isso é pouco.
O ideal é antes da campanha eleitoral, por exemplo, você fazer uma série de vídeos sobre determinado assunto. Impulsione para toda a cidade, com o objetivo de alcançar o máximo possível.
Depois, na campanha eleitoral, crie um público com base em interações nesses vídeos. Por exemplo, somente pessoas que assistiram 90% do vídeo. Com isso, você terá naquele público somente pessoas que se interessam de verdade por aquele tema.
E na campanha entregará para quem se interessa de verdade por aquele tema, somente conteúdos sobre aquele tema e assim, aquelas pessoas acharão que você é a pessoa que simboliza aquele assunto.
Dessa forma, é possível aumentar a efetividade do impulsionamento e alcançar as pessoas certas.
Defina o objetivo do impulsionamento político
Além de definir o público-alvo, é importante definir o objetivo do impulsionamento. O objetivo pode ser aumentar o alcance das publicações, gerar mais engajamento, levar as pessoas a visitarem o site do candidato, entre outros.
E como disse, nem tudo é alcance. Nem tudo é volume. Por exemplo, você pode querer que as pessoas assinem um abaixo-assinado digital ou que assistam um vídeo até o fim e etc.
Veja o que quer conseguir para definir o objetivo da campanha.
Com um objetivo claro, é mais fácil medir os resultados e avaliar a efetividade da campanha.
Defina o valor a ser investido nos impulsionamentos na campanha eleitoral
Os impulsionamentos nas redes sociais são pagos, e é importante definir o valor a ser investido.
É possível definir um valor diário ou um valor total para a campanha, e escolher o período de veiculação da publicidade.
É importante lembrar que, quanto maior o investimento, maior será o alcance das publicações. E claro que posts mais relevantes carecem maior investimento.
Mas ao mesmo tempo, é importante ter orçamento e planejar para que todas as suas publicações sejam impulsionadas e você consiga captar dados relevantes em todas elas para ter diferentes dados sobre comportamentos e poder ser mais assertivo.
O mínimo para investir são R$ 7 por dia. Um anúncio não pode ser programado por menos de 24 horas.
O ideal é que, no mínimo, uma campanha de impulsionamento político dure mais de 48 horas, afinal, as primeiras horas serão apenas para treinar o algoritmo.
Busque reservar dinheiro ou obter financiadores para bancar esse orçamento. Comece a fazer impulsionamentos e não pare.
Escolha a rede social do anúncio político
Existem diversas redes sociais disponíveis para fazer impulsionamentos, como Facebook, Instagram e Google.
É importante escolher a rede social de acordo com o público-alvo e o objetivo da campanha.
Apesar de muitos só investiram em impulsionamento na campanha eleitoral no Facebook e no Instagram, o Google Ads é importantíssimo.
De repente, subir um artigo em seu site e patrocinar em keywords que as pessoas mais buscam pode fazer o eleitor ir buscar um tema e encontrar você e suas propostas.
O mesmo no YouTube. Imagine o eleitor da sua cidade abrindo o vídeo de influenciador que ele acompanha e entra um anúncio seu, falando de sua cidade e suas pautas? Isso também é possível com o Google Ads.
Por isso, invista em mais de um canal para atingir diferentes públicos e de formas diferentes.
Crie o anúncio de rede social para impulsionamentos na campanha eleitoral
Por fim, é preciso criar o anúncio a ser impulsionado. É importante caprichar na imagem e no texto, e escolher uma chamada que desperte a atenção do público.
É possível criar diferentes anúncios para testar qual é mais efetivo, e fazer ajustes na campanha de acordo com os resultados.
Lembre-se em não ser chato. Mostre a solução, aquilo que muda a vida do cidadão. Não faça propaganda. Faça narrativas.
Pense primeiro em mostrar o quanto você é util, faça o eleitor se identificar com você para depois pensar em pedir votos.
Não impulsione somente santinhos virtuais. Pedir votos sem convencer o eleitor do porque fazer isso é como pedir em casamento sem conversar antes.
Crie um calendário editorial para sua campanha. Planeje o que quer entregar e para quem quer entregar. Dê argumentos para o eleitor te escolher contando uma grande história por meio de ações fragmentadas ao longo do tempo.
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