Bolsonaro acerta no marketing da campanha e erra no governo

A vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 criou um novo paradigma de comunicação de campanha no Brasil.

Sem alianças partidárias e assim, com um tempo pequeno de propaganda eleitoral na televisão e poucos recursos de financiamento, menina dos olhos dos candidatos nas eleições anteriores, Bolsonaro mudou a forma como um candidato se comunica com os eleitores no Brasil.

O ex-deputado antecipou sua campanha, mostrando ideias e propostas quase três anos antes do pleito, abrindo comunicação direta com a população nas redes sociais e investindo em um núcleo de influenciadores comuns dentro do WhatsApp, fidelizando o eleitorado antes mesmo que outro postulante pudesse convencer as pessoas do contrário.

A vitória do capitão do PSL significou o fim das grandes e caras peças publicitárias, com discursos conciliatórios de Centro na televisão e o início dos vídeos simples, diretos e com posicionamentos claros nas mídias sociais.

O sucesso eleitoral de Bolsonaro enterrou o princípio dos grandes acordos dos grandes partidos no eletrônico e iniciou o tempo da comunicação personalista e puramente digital.

Mas assim que venceu as eleições, Bolsonaro iniciou uma série de erros em sua comunicação de governo. Primeiro, a ruptura com a imprensa tradicional, afirmando que “cortaria recursos de propaganda oficial” para a Folha de S.Paulo, por não gostar de matérias publicadas pelo jornal.

Depois, algumas respostas atravessadas a jornalistas, proibição da entrada de alguns veículos em eventos ou coletivas de imprensa e uma falta completa de política de comunicação.

Variados indicados a ministros passaram a falar e se posicionar em nome do governo e Bolsonaro era obrigado desmenti-los. Depois, até seus próprios filhos políticos também passaram a falar em nome da futura gestão e também obrigavam Bolsonaro a contradizê-los.

Uma verdadeira bagunça, já que comunicação precisa de centralidade, alguém que diga quem fala, sobre o que fala, qual a linha de posicionamento e principalmente, qual a melhor estratégia, com base não em achismo, mas em parâmetros técnicos.

Pessoas com experiência política identificaram que faltava um coordenador de comunicação para o futuro governo. Bolsonaro, primeiro, pensou no filho Carlos Bolsonaro, que havia liderado a área de comunicação digital durante a campanha eleitoral.

Uma escolha errada, que positivamente, foi corrigida já que o filho do presidente não tem formação na área, não conhece nada sobre relacionamento com a imprensa e menos ainda tem qualquer experiência em comunicação pública.

Bolsonaro e sua equipe então passaram a buscar nomes de mercado. Ventilaram-se nomes como o jornalista global Alexandre Garcia, que já havia sido porta-voz do presidente do militar João Batista Figueiredo, e até Fabio Santos, secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo durante a gestão João Doria.

Os dois, além de outros nomes, seriam um grande acerto e resolveriam boa parte da orgia comunicativa que se tornou o governo Jair Bolsonaro, mesmo antes de seu início.

Mas, depois de muitas idas e vindas, Bolsonaro escolheu o publicitário Floriano Amorim para ocupar a chefia da Secretaria de Comunicação de seu governo.

Por ter, no mínimo, a formação em comunicação, Amorim seria uma boa escolha, mas o profissional eleito pelo presidente eleito é uma figura completamente desconhecida do mercado, com trabalhos irrelevantes e nenhuma experiência no relacionamento com a imprensa.

Assim que escolhido e anunciado, inclusive, surgiram posts de Amorim em redes sociais, onde ele ataca duramente o trabalho da grande imprensa brasileira. Não críticas técnicas, que até em última hipótese e falta de espírito do bom convívio caberiam, mas sim ataques.

Algumas frases como “essa escória com alcunha de jornalista é um peso morto para o país”, ditas por Amorim mostram que, ao invés de alguém que acabará com o bacanal que se transformou a comunicação de mandato de Bolsonaro, na verdade, ajudará a colocar ainda mais fogo na relação já comprometida com a mídia tradicional.

Muita gente pode pensar que o sucesso com a comunicação digital e a relação ruim com as mídias tradicionais na campanha eleitoral pode se repetir em um governo ou gestão pública, mas é um engano. Comunicação Pública é uma política pública tão central quanto Educação e Saúde.

A forma de comunicação de um candidato e de um governo exigem responsabilidades diferentes, já que desencontros de um postulante a um cargo público podem, na pior das hipóteses, gerar perda de votos.

Enquanto uma comunicação pública ruim pode causar crises incontornáveis, que impactam diretamente, por exemplo, na economia e nas relações diplomáticas.

Bolsonaro precisa estar atento e entender, assim como fez durante a campanha ao inovar na forma de se comunicar com o eleitor, que é preciso ter tecnicidade para se comunicar com o cidadão, contribuinte, pagador de impostos que, diferente do eleitor, não se contentará com tweets e memes de WhatsApp.

Ou o governo irá ruir por aquilo que o elegeu: a comunicação.

Quem é Lucas Pimenta?

Lucas Pimenta é jornalista, formado pela Universidade Anhembi Morumbi, com especialização em Marketing Político pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Já atuou em campanhas de todos os níveis, desde presidencial até vereador de grandes capitais.

Trabalhou na Câmara Municipal de São Paulo de 2017 a 2022; na Secretaria Executiva de Comunicação da Prefeitura de SP de 2013 a 2016; e na Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo, em 2008. 

Foi repórter em jornais como Metrô News, Folha Metropolitana e Agora São Paulo, do Grupo Folha de S.Paulo. Em 2020, concluiu o curso “Citizen Politics in America: Public Opinion, Elections, Interest Groups, and the Media”, na universidade de Harvard. 

Lucas Pimenta é autor da série de formações de Marketing Político “Como ganhar uma eleição com pouco dinheiro?” e criador da maior plataforma de cursos do Brasil, a Escola dos Políticos. Palestrou em mais de 30 cidades de 18 estados do Brasil, levando conhecimento sobre Marketing Político.

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Políticos em mandato, gestores públicos e pré-candidatos na próxima eleição podem contar com o trabalho do consultor de Marketing Político, Lucas Pimenta, tanto por meio de mentorias como consultorias.

Na consultoria e no programa de mentoria prolongado, além de construir um planejamento estratégico personalizado por meio de análises de pesquisa, matriz SWOT e entrevista de profundidade (diamante político), Lucas Pimenta ainda faz acompanhamento, revisões e sugestões de ações, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Além disso, a equipe recebe treinamentos para executar o plano de ações. Ou seja, tudo que é realizado no mandato ou na campanha eleitoral é orientado do início ao fim, deixando um legado ao fim da mentoria e consultoria para que o time do político continue avançando.

Lucas Pimenta ainda abre agenda para sessões de mentoria individuais, com duração de uma hora, com custo baixo para permitir que candidatos ou políticos com menos recursos possam tirar suas dúvidas e vencer a eleição.

Conheça alguns políticos que receberam mentoria de Marketing Político

Amom Mandel

Candidato a prefeito de Manaus - AM

Soraya Thronicke

Candidata à presidência

Lorena Oliveira

Prefeita eleita de Franco da Rocha - SP

Neto Furini

Prefeito eleito de Junqueirópolis -SP

Guilherme Piai

Sec. de Agricultura de SP

Romero Albuquerque

Deputado Estadual - PE

Andreza Albuquerque

Vereadora de Recife - PE

Rinaldi Digilio

Vereador de São Paulo - SP

Aline Torres

Sec. de Cultura de SP

Cesar Brisolara

Vereador de Pelotas - RS

Raphael Vitiello

Candidato a prefeito do Guarujá - SP

Gabriel Roncon

Candidato a prefeito de Ribeirão Pires - SP

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Além de consultor de Marketing Político, Lucas Pimenta é palestrante e promove treinamentos abertos e fechados para políticos, candidatos, assessores e agências de comunicação.

Um dos palestrantes mais relevantes do Marketing Político no Brasil, levou suas palestras para mais de 30 cidades de 18 estados do Brasil. Mais de 15 mil pessoas já puderam acompanhar de perto suas palestras em eventos do setor.

Além disso, treinou de forma privada, particular, mais de 25 equipes de mandatos e campanhas em diferentes regiões do Brasil.

Mais que mostrar o que fazer, os treinamentos privados incluem análise personalizada e plano de ações individualizado. Isso significa que não é só uma palestra, mas um atendimento para melhoria de performance. 

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