Moraes nega pedido e Bolsonaro reúne Forças Armadas. E agora? Essa é a pergunta que muitos têm feito depois dessa semana agitada na política. Muitos temem um Golpe Militar ou até uma espécie de guerra civil, como as que aconteceram nos Estados Unidos após a vitória de Biden, com a invasão do capitólio.
Gravei um vídeo falando sobre esses desdobramentos e o que esperar desse cenário que está se pintando com Bolsonaro, Alexandre de Moraes e Valdemar da Costa Neto e o quanto isso pode impactar não só na posse do governo Lula, mas no futuro político de Bolsonaro.
O que está acontecendo com Alexandre de Moraes, Valdemar da Costa Neto, PL e Bolsonaro?
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, pediu a anulação de mais de 255 mil urnas fabricadas antes de 2020, porque segundo relatório da legenda, elas tinham o mesmo número de log (identificação) e por isso, não era possível auditá-las.
O PL e seu relatório mostravam que, caso essas urnas fossem anuladas, Bolsonaro teria vencido a eleição com 51% dos votos. Essas urnas representam mais da metade do total de todo o Brasil e foram as mesmas utilizadas no primeiro turno.
Por isso, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ao receber o pedido do PL, pediu ao partido que incluísse o primeiro turno no mesmo relatório em até 24 horas. A Intenção de Moraes era forçar o partido a pedir a anulação do primeiro turno, onde a legenda elegeu a maior bancada na Câmara e no Senado, e com isso, teria que questionar até os eleitos do próprio partido.
O PL, então, alegou que não incluiria o primeiro turno no pedido, porque isso poderia causar um “grande tumulto”. Então, Alexandre de Moraes não só negou o pedido do PL como colocou uma multa de R$ 22,9 milhões ao partido e automaticamente, bloqueou o fundo partidário da legenda para garantir o pagamento.
Além disso, Alexandre de Moraes incluiu Valdemar da Costa Neto no inquérito que investiga as milícias digitais e pediu para o Ministério Público investigar se o PL estaria usando dinheiro público do fundo partidário para financiar atos, manifestações e práticas que atentem a democracia.
O pedido do PL, feito por Valdemar, tinha vindo após pressão de Bolsonaro, que estava decepcionado com o resultado da eleição, estava sem trabalhar há 20 dias e logo depois do pedido, retornou ao trabalho. Mas, por conta da negativa de Moraes, Bolsonaro convocou os comandantes das Forças Armadas para uma reunião emergencial.
Mas, apesar de ter vendido a impressão de que a reunião era para debater algo contra Moraes, o que inflamou a militância bolsonarista mais radical que está na portas dos quartéis, a verdade é que o encontro serviu apenas para marcar uma agenda de Bolsonaro no Rio de Janeiro.
Mais que isso, Bolsonaro foi cobrado pelos comandantes a agir para conter as manifestações em frente aos quartéis. Os manifestantes pedem intervenção federal, remédio existente na Constituição, mas que não pode ser feito do Executivo para outro poder, autônomo e independente, como o Judiciário, que é quem toma conta do processo eleitoral.
Inclusive, recentemente, gravei um vídeo para o meu canal do YouTube, mostrando tudo o que diz a Constituição e se é possível Bolsonaro permanecer no poder.
Mas e agora? Bolsonaro vai colocar o Exército nas ruas? Lula não vai assumir?
Com essas notícias, muitas pessoas perguntam se Bolsonaro tentará um Golpe Militar, se Lula será diplomado em dezembro e empossado em janeiro. A resposta é sim.
Inclusive, aliados de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro já disseram, reafirmaram e dizem que sim. Muitos deles, como Romeu Zema e Tarcísio de Freitas, inclusive, tentam se reposicionar e se cacifarem para assumir o papel de líder da direita.
Bolsonaro mantém o silêncio, os discursos dúbios e as narrativas como estratégia para dizer que foi vítima de uma injustiça, como ele mesmo afirmou, e assim, se manter no debate para tentar ser candidato a presidente novamente em 2026.
Como expliquei recentemente em um vídeo em meu canal do YouTube, Bolsonaro tenta construir sua Jornada do Herói, conceito antigo, mas muito usado no marketing político.
O presidente quer, assim como Lula e Trump fizeram, dizer que é um perseguido do sistema, vítima uma injustiça, mostrar que está sofrendo e pagando com essa injustiça para no futuro, fazer seu retorno e tentar convencer as pessoas de que ele merece ser aplaudido.
Como expliquei também, a política é dinâmica e agentes que terão orçamento e a caneta na mão, dentro de seu próprio campo ideológico tentam tomar seu lugar e se Bolsonaro seguir nessa linha de dialogar somente com a base mais fiel e radical, assim como está ocorrendo com Trump, tende a chegar em 2026 isolado.
De qualquer forma, não tem golpe, não tem clima – muito menos internacional – para isso e Bolsonaro deixará seu cargo em janeiro de 2023, mas como todo o político, ele tenta, de forma estratégica, manter a base ativa, mobilizada e criar uma narrativa em torno disso para se manter vivo.
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