As eleições presidenciais de 2018 provaram que a comunicação e a construção de imagem de um político ou candidato a um cargo público não devem começar junto com o início da campanha eleitoral oficial. Quem quer vencer precisa começar antes.
Começar a campanha na frente dos concorrentes significa aparecer primeiro e aumentar as chances de fidelizar os eleitores, antes mesmo que esses eleitores possam pensar em escolher ou mudar de candidato.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o segredo do marketing político e eleitoral da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) não estava somente nas ferramentas utilizadas, como WhatsApp e sua presença em outras redes sociais como o Facebook ou o Twitter.
A antecipação da campanha eleitoral de Bolsonaro, que três anos antes da eleição, já discursava como presidenciável, rodava o Brasil em agendas de candidato e mostrava seu trabalho para as pessoas, foi o fator decisivo para ele vencer a corrida presidencial.
Quando os outros concorrentes foram definidos como candidatos de seus partidos e iniciaram suas campanhas, Bolsonaro já tinha conquistado boa parte do eleitorado de seu nicho, conservador e antipetista, além de ter construído sua imagem como a do “candidato da mudança”.
Essa antecipação da campanha garantiu a Bolsonaro, de acordo com pesquisas pré-eleitorais, como Datafolha e Ibope, média de fidelização de seu eleitorado entre 80% até 95%. Pessoas que diziam que iriam votar nele com certeza e não mudariam, mesmo meses antes da eleição.
Mesmo antes da campanha eleitoral na televisão, onde Bolsonaro contava com apenas 21 segundos por bloco, tempo bem inferior a Geraldo Alckmin, por exemplo, pautas como a segurança pública, mudanças no estatuto do desarmamento, contrário ao aborto e a ideologia de gênero já eram plenamente identificadas com ele. Só com ele.
Outros candidatos, com mais tempo de TV e exposição, tentaram utilizar parte dessas propostas em seus programas, mas justamente porque essas ideias já estavam identificadas com Bolsonaro dentro do eleitorado, os concorrentes não obtiveram sucesso.
O exemplo da campanha e do marketing político de Bolsonaro mostra que quem quiser ter sucesso nas eleições de 2020 precisa começar a comunicação com seus eleitores a partir de agora.
É claro que antes de tudo, o candidato a vereador ou prefeito precisa identificar seu público, conhecer seus desejos e anseios dos eleitores, criar propostas e soluções para os problemas e mostrar que é o cara, o único que pode representar essas pessoas.
A comunicação é passo seguinte para fazer tudo isso chegar aos eleitores e se converter em público fiel, logo, votos nas eleições.
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